30.10.09

Campanha AMI de reutilização de consumíveis informáticos e de telemóveis


A AMI - Fundação de Assistência Médica Internacional tem em funcionamento um projecto de reutilização de consumíveis informáticos (tinteiros e toners) e de telemóveis (avariados ou em desuso).
Este projecto permite reduzir custos na aquisição de consumíveis informáticos e, em simultâneo, está-se a defender o ambiente, ao evitar a produção de resíduos e o consumo de recursos naturais. Está-se também a ajudar a AMI, uma vez que este projecto constitui uma fonte de financiamento para a acção humanitária, médica e social, que esta instituição desenvolve dentro e fora do país. Além disso, contribui-se para aproximar Portugal dos restantes países europeus em matéria de reciclagem.

A Texto & Grafia já aderiu.
Convidamos os nossos leitores a divulgar esta campanha da AMI e, se possível, a juntarem-se a ela.

Mais informações em www.ami.org.pt


19.10.09

Dicionário das Utopias






Colecção: Índice, n.º 4
Formato: 16 x 24 cm
N.º de páginas: 288
ISBN: 978-989-8285-03-4
PVP: 26,00€ (IVA inc.)

Ao publicar Utopia em 1516, Thomas More inaugurou um novo género, recuperando um tema já tratado pelos Gregos. A utopia – lugar ideal ou não-lugar? Que discurso é o da utopia? Este dicionário pretende vir mostrar que a utopia não nasce só da crítica política. A busca e construção de lugares entre o real e o ideal também passam pela ficção, o teatro, a música, a dança, a pintura, a arquitectura e a técnica, e todas estas figuras da utopia pertencem à História.
A partir das sucessivas interpretações e apropriações da utopia, os autores do Dicionário das Utopias quiseram reencontrar, para lá da alegoria e da polissemia da palavra, o sentido de uma construção imaginária num tempo determinado. Da Cidade de Deus aos mundos virtuais, da Idade de Ouro ao Apocalipse, este dicionário revela facetas surpreendentes, e até paradoxais, da utopia.

Além das dezenas de colaboradores especialistas, esta obra teve três coordenadores:
Michèle Riot-Sarcey, professora de história contemporânea na Universidade de Paris 8. Publicou, entre outras obras, Réel de l'utopie (1998) e l'Utopie en questions (2001).
Thomas Bouchet, é docente de história contemporânea na Universidade de Bourgogne e chefe de redacção dos Cahiers Charles Fourier. Publicou ainda Roi et les barricades (2000).
Antoine Picon, professor na École nationale des Ponts et Chaussées e especialista em história das ciências e das técnicas, sendo de destacar a sua obra Raison, imaginaire et utopie.

A Mais Bela História da Felicidade






Colecção: Biblioteca Universal, n.º 13
Formato: 14 x 21 cm
N.º de páginas: 128
ISBN: 978-989-8285-10-2
PVP: 14,00€ (IVA inc.)

Viver não é suficiente, é preciso ser feliz. Estamos condenados a buscar esse Graal, do qual se espera que nos garanta uma alegria duradoura. Mas do que se trata? Em que consiste a felicidade? Será um objecto, um lugar, um tempo, uma pessoa? O êxito, o amor, a saúde, os prazeres, a beleza? Haverá receitas para a felicidade? Desde a Antiguidade que o homem imagina e explora todas as vias possíveis para alcançar o paraíso. Mas, para desfrutar verdadeiramente da felicidade, talvez seja melhor vivê-la do que procurá-la.
Em A Mais Bela História da Felicidade temos três olhares – o do filósofo, o do crente e o da historiadora – que se cruzam na tentativa de decifrar esta questão antiga, presente no espírito de todos os homens. Nesta conversa cativante veremos examinada a história da civilização ocidental nas suas grandes mutações e nos seus pequenos episódios e iremos encontrar múltiplas definições de felicidade e modos de a viver.


André Compte-Sponville, filósofo e autor de vários livros, como O Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, é professor no Collège de France e na Sorbonne.

Jean Delumeau, historiador de renome e especialista na história do cristianismo, é também professor no Collège de France.

Arlette Farge, historiadora e docente universitária com mais de duas dezenas de obras publicadas, é especialista do século XVIII.

O Que Nos Torna Humanos?






O Que Nos Torna Humanos?
Formato: 14 x 21 cm
N.º de páginas: 176
ISBN: 978-989-8285-07-2
PVP: 19,00€ (IVA inc.)

O que nos torna humanos? Serão as nossas capacidades cognitivas, o nosso uso de ferramentas, a nossa capacidade de contar histórias, a nossa curiosidade ou o facto de cozinharmos? Além do 1% de ADN que nos diferencia dos chimpanzés, o que há mais que nos torne únicos?
Para tentar responder a este enigma, Charles Pasternak convidou alguns dos pensadores mais proeminentes da actualidade a apresentarem as suas ideias sobre o que distingue o homem do macaco. Susan Blackmore, Robin Dunbar, Ian Tattersall, Stephen Oppenheimer e outros grandes especialistas em diversas áreas conduzem-nos numa viagem fascinante pelo trilho do homo sapiens.
Da matemática à música, da fala à imitação, da hipotética existência de uma alma à capacidade de ler outras mentes, O Que Nos Torna Humanos? apresenta abordagens cruzadas e complementares. Seremos meio símios ou meio anjos? Eis um questionamento profundo da humanidade e da natureza humana no ano em que se comemora o segundo centenário do nascimento de Charles Darwin (1809-1882) e os 150 anos da publicação do livro A Origem das Espécies (1859).

Em conjunto com Charles Pasternak, os doze autores que tornaram esta obra possível vêm de áreas tão distintas como a Genética (Walter Bodmer), a Igreja (Richard Harries), a teoria política e as relações internacionais (David Hulme), a Bioquímica (Charles Pasternak), a Antropologia (Ian Tattersall e Richard Wrangham), a Biologia (Lewis Wolpert) e a Psicologia (Susan Blackmore, Michael Corballis, Maurizio Gentilucci, Tom Suddendorf, Andrew Whiten). Valendo-se de conhecimentos e experiência adquiridos nas suas áreas de investigação, cada um a seu modo procurará responder ao mesmo enigma: o que nos distingue dos outros animais (em particular do chimpanzé, com quem partilhamos quase todo o nosso código genético)?

Mitologia Clássica - Mitos, Deuses, Heróis





Mitologia Clássica -  Mitos, Deuses, Heróis
Colecção: Biblioteca Universal, n.º 12
Formato: 14 x 21 cm
N.º de páginas: 160
ISBN: 978-989-8285-08-9
PVP: 16,00€ (IVA inc.)

Zeus, Hera, Apolo, Ártemis, Hermes, Afrodite, Dioniso… Héracles, Teseu, Jasão, Medeia, Aquiles, Heitor, Ulisses… A Eneida, A Ilíada e A Odisseia – quem nunca ouviu falar destes deuses e deusas, destes heróis, destas personagens e narrativas lendárias? Nestas páginas são-nos narrados os amores, as intrigas e os castigos destas figuras que, sempre presentes, continuam a alimentar o nosso imaginário com as suas aventuras.
A mitologia clássica ainda consegue emocionar pela força evocadora das narrativas que nos legou; é esse o objectivo alcançado por este texto, exemplar, de Pierre Grimal, de quem já publicámos, nesta colecção, História de Roma.


É à Grécia que devemos o nome e a própria noção de mitologia. O mito é tudo o que se dirige à imaginação, com a sua verdade, e sua verosimilhança, e a força da persuasão que lhe confere a sua beleza.
Pierre Grimal


Pierre Grimal (1912-1996) deixou atrás de si uma obra vastíssima, constituída por dezenas de volumes em que trata com erudição e simplicidade muitos dos grandes momentos das duas civilizações maiores da Antiguidade Clássica: Grécia e Roma.
Licenciou-se em Letras em 1935, foi membro da Escola Francesa de Roma, professor de Latim e depois de Civilização Romana nas Universidades de Caen, Bordeaux e finalmente na Sorbonne, durante trinta anos.
Publicou inúmeros estudos sobre Roma (muitos dos quais se encontram traduzidos em português), além de traduções de muitos autores clássicos, latinos e gregos.

22.9.09

Nas livrarias em Outubro

Os nossos próximos títulos serão:

O Que Nos Torna Humanos?
organizado por Charles Pasternack
e
Mitologia Clássica, Mitos, Deuses, Heróis
de Pierre Grimal.

10.9.09

Foucault - O Pensamento, a Pessoa





Colecção: Pilares, n.º 4
Formato: 16 x 24 cm
N.º de páginas: 160
ISBN: 978-989-95884-9-3
PVP: 18,00€ (IVA inc.)


Michel Foucault e Paul Veyne. O filósofo e o historiador. Duas grandes figuras do mundo das ideias. Dois inclassificáveis. Dois «intempestivos» que muito tempo caminharam e guerrearam juntos.
Paul Veyne traça aqui o retrato inesperado do seu amigo e relança o debate sobre as suas convicções. Afirma a dado passo: Não, Foucault não é aquele que se julga ser! Nem de direita, nem de esquerda, não jurava nem pela Revolução nem pela ordem estabelecida. Mas, justamente, como não jurava pela ordem estabelecida, a direita regurgitou-o, enquanto a esquerda acreditou que bastava que ele não jurasse pela ordem estabelecida para que fosse de esquerda. Também não era o estruturalista que dele se disse ser, mas sim um filósofo céptico, um empirista próximo de Montaigne que nunca cessou, na sua obra, de se interrogar sobre os «jogos de verdade», verdades construídas, singulares, próprias a cada época.
Não se poderia ser mais assertivo do que este texto no que toca às ideias que se julgam de vanguarda e não passam de heranças do passado. Um livro iconoclasta, um testemunho único.


Paul Veyne apaixonou-se por arqueologia e história com a idade de oito anos e desde essa altura passou a visitar assiduamente as colecções romanas no museu de Nimes,, o que o ajudou a fixar a vocação de historiador.
Membro activo dos meios intelectuais franceses, conviveu com figuras como a de Foucault, de quem se tornou amigo próximo. Entrou em 1975 no Collège de France (com o patrocínio de Raymond Aron), onde esteve em actividade até 1998 como titular da cadeira de História de Roma, e onde ainda lecciona como professor honorário. Deste autor está já publicado um título na mesma colecção: Quando o nosso mundo se tornou cristão.


Excerto:

«O foucaultismo é uma crítica da actualidade que se abstém de ditar prescrições para a acção, mas que lhe fornece conhecimentos. O que, no ano da sua morte, o levou a propor uma nova concepção da filosofia cuja paternidade ele atribui a Kant (mas pensava nisso havia já quinze anos, como demonstra uma página hesitante da Arqueologia do Saber). Num opúsculo intitulado Qu’est‑ce que les Lumières?, o filósofo alemão da época das Luzes procurava caracterizar o seu próprio tempo. O Aufklarüng aí se designa a si mesmo Aufklarüng; os homens de um certo século, o XVIII, puderam dizer «nós outros, homens do século XVIII e das Luzes», e sentiram‑se diferentes dos seus antepassados. Kant não procura caracterizar a época em que viveu em si mesma: ele «procura uma diferença: que diferença hoje introduz em relação a ontem?».
Segundo Foucault, o que entendemos por filosofia poderia, doravante, não consistir já em fazer cientificamente a exegese do passado nem em pensar a totalidade ou o futuro, mas em dizer a actualidade e, à falta de melhor, caracteriza‑la negativamente, «diagnosticar o presente, dizer o que é o presente, dizer em que é que o nosso presente é diferente e absolutamente diferente de tudo aquilo que não é ele». O nosso autor já não concebe outra filosofia possível além desta crítica histórica; fora dela não há nada que valha na nossa época: «O que é, pois, a filosofia hoje – quero dizer a actividade filosófica –, se não for o trabalho crítico do pensamento sobre si próprio?». Como já se viu, pensamos, em cada momento, no interior de um discurso que não se pode conhecer a si próprio, mas que permite pelo menos constatar que pensamos diferentemente do que pensaram os homens de outrora. Melhor ainda, bastará que se forme o projecto de uma genealogia ou de uma arqueologia e que se manifeste a possibilidade desse recuo, para que nos reencontremos à distância de nós mesmos e do nosso hoje. Este projecto escava debaixo de nós um abismo: «nós somos diferença» e não sabemos mais do que isso. Semelhante iniciativa de diferenciação é mais do que história, merece o nome de filosofia porque é, negativamente, uma reflexão sobre nós mesmos e também porque incita a reagir. Efectivamente, a história arqueológica semeia a dúvida; doravante uma fissura, uma «fractura virtual», listrará o nosso eu bem como as nossas evidências: não lhes toqueis, estão quebradas. Ou, pelo contrário, tocai‑lhes, se decidis faze‑lo: a nova filosofia em questão é «a história indispensável à política.»

(págs. 123-124)

PSICOLOGIA DO DINHEIRO e Outros Ensaios





Colecção: Biblioteca Universal, n.º 11
Formato: 14 x 21 cm
N.º de páginas: 112
ISBN: 978-989-8285-05-8
PVP: 10,00€ (IVA inc.)


«Se o leitor tinha, até aqui, uma visão predominantemente empírica, «inocente», porventura aproblemática do mundo do dinheiro ou a convicção supostamente «realista» de conhecer, além do seu uso e da sua fruição, também os seus mecanismos e pressupostos, sairá decerto transformado da leitura destes ensaios. Em Psicologia do Dinheiro e outros ensaios descobrirá a densidade humana, a complicação vital, a promessa ou o perigo, a radical ambiguidade dessa extraordinária criação humana, que é o sistema monetário. Verá também que o dinheiro é uma coisa demasiado séria para se confiar só aos economistas e gestores financeiros. Constatará o papel insubstituível da reflexão filosófica que, no fenómeno aparentemente neutro e técnico do dinheiro, sabe descobrir dimensões latentes, não detectáveis por outras formas de saber que obedecem a outros intuitos e não conseguem sair da imprescindível parcialidade dos seus métodos. Eis porque continua a ser tão atraente e fecunda a lição multinivelada de Georg Simmel acerca deste tema.»
Da Introdução.


A importância de Georg Simmel (1858-1918) no pensamento filosófico e sociológico do nosso tempo é incontroversa. A sua vida decorreu entre uma «constelação» de grandes espíritos: Max Weber, Dilthey, Rilke, Edmund Husserl, entre outros grandes vultos; e teve como discípulos Cassirer, Ernest Bloch, Georg Lukács, Krakauer.
A reflexão sobre o dinheiro, por ele explorada em livros e vários ensaios, é rica de matizes, de insinuações e acentos, além de se enquadrar perfeitamente nas várias dimensões problemáticas da actualidade.
Para saber mais sobre o autor, aqui encontrará a sua biografia (em inglês).

6.8.09

Novidades de Setembro

A Texto & Grafia está de férias mas já tem preparadas as novidades de Setembro...

Foucault, o pensamento, a pessoa
de Paul Veyne (colecção Pilares)
e
Psicologia do Dinheiro e outros ensaios
de Georg Simmel (colecção Biblioteca Universal)


TRÊS HISTÓRIAS EXTRA VAGANTES - Já nas livrarias!





Colecção: Biblioteca Universal, n.º 10
Formato: 14 x 21 cm
N.º de páginas: 80
ISBN: 978-989-8285-01-0
PVP: 10,00€ (IVA inc.)


Três Histórias Extra Vagantes, divertidas e documentalmente verdadeiras, são as que Carlo Cipolla nos conta neste livro breve, no seu estilo irónico e elegante.
A primeira história decorre no século XIV, e tem por protagonistas os membros de uma poderosa confraria de banqueiros florentinos, peritos em façanhas à altura de grande romance policial. A segunda relata uma burla colossal que os europeus fizeram aos turcos no século XVII, envolvendo franceses, italianos, ingleses e outros; na terceira são comentados dois tratados franceses dos séculos XVII e XVIII, dedicados ao comércio e ao desenvolvimento industrial na Europa da época.
São, na essência, três belas lições de história e progresso económico e social que se lêem com prazer e proveito, por um grande especialista em história económica, de quem já publicámos Allegro ma non troppo nesta colecção.


Carlo M. Cipolla (1922-2000) foi um dos maiores historiadores económicos contemporâneos, cuja fama o levou a leccionar nas melhores universidades do mundo. Debruçou-se especialmente sobre a Idade Média e as suas obras representam um contributo insubstituível no conhecimento histórico desse período, tendo recebido inúmeros prémios.
Cipolla foi membro da Royal Historical Society da Grã-Bretanha, da British Academy, da Accademia dei Lincei, da American Academy of Arts and Sciences e da American Philosophical Society of Philadelphia; em Itália, seu país natal, foi distinguido com o Prémio da Presidência da República, e o seu funeral teve foros de acontecimento nacional, tal a notoriedade de que gozava no país.

Para saber mais sobre o autor, clique aqui.


Aqui fica um excerto:

« É dito e redito por pessoas que se acham ou querem parecer doutas e sábias que a história é a grande mestra em lições de vida, e que o homem aprende muito com a experiência! Eu sou um historiador profissional, mas em mais de quarenta anos de pesquisas e investigações convenci-me de que esta ingénua convicção mete água por todos os costados e que o homem não aprende coisa nenhuma nem com a sua experiência pessoal nem com a (colectiva ou individual) dos seus semelhantes, e continua portanto a repetir com monótona teimosia os mesmos erros e os mesmos delitos, com consequências deletérias para o progresso humano.
O poeta Giovanni Frescobaldi deixou num dos seus versos um conselho tão claro quanto sábio: «Afasta-te dos cortesãos». Mas quando cheira a dinheiro os homens fazem orelhas moucas aos conselhos sábios das pessoas prudentes. Primeiro os Bardi, seguidos pelos Peruzzi, introduziram-se habilmente na corte inglesa e desapertaram imprudentemente os cordões às bolsas. Do Outono de 1312 em diante, Bardi e Peruzzi emprestaram somas cada vez mais consideráveis a Eduardo III, financiando-lhe as despesas e os empreendimentos mais insensatos, entre os quais uma expedição militar em França. Nenhum monarca inglês tinha tomado de empréstimo somas tão elevadas como aquelas que recebeu Eduardo III entre 1335 e 1340. Em l338-39 os Bardi e os Peruzzi eram credores de mais de 125.000 libras esterlinas – uma quantia enorme. E infelizmente para eles a guerra em França acabou em desastre para os ingleses, pelo que o seu real devedor teve que declarar bancarrota. » (págs. 29-32)

26.6.09

Dicionário Teórico e Crítico do Cinema

No portal Rascunho, Hugo Pinto Santos recenseou o nosso Dicionário Teórico e Crítico do Cinema.

5.6.09

ANOREXIA E DESEJO MIMÉTICO - em Julho nas livrarias






Colecção: Biblioteca Universal, n.º 9
Formato: 14 x 21 cm
N.º de páginas: 80
ISBN: 978-989-95884-8-6
PVP: 10,00€ (IVA inc.)


Anorexia e Mesejo Mimético é uma reflexão brilhante acerca de um fenómeno que só agora começamos a compreender. O desejo de se ser mais magro, quando levado ao extremo pode ter resultados trágicos. Mas o que estará por detrás deste e de outros distúrbios alimentares? Será que as causas se encontram numa sociedade cuja mensagem é a do culto da magreza e do apelo às dietas? Em que a competição se tornou uma obsessão? René Girard explora as diversas raízes, algumas ancestrais, deste problema que se revela cada vez mais disseminado. Este livro agradará aos interessados pela Sociologia, Psicologia, Antropologia, bem como a todos os leitores que pretendam compreender mais profundamente estas problemáticas.

René Girard (1923) é um pensador francês que lecciona há vários anos nos Estados Unidos. Foi, por exemplo, um dos responsáveis pela introdução do Estruturalismo nos círculos intelectuais norte-americanos. De entre a sua obra notável e multipremiada destaca-se La Violence et le Sacré.

Para saber mais sobre o autor clique aqui.

Para conhecer melhor algumas das suas ideias, aqui ficam dois vídeos.





4.6.09

Próximos títulos

Ainda antes das férias publicaremos mais dois títulos na colecção «Biblioteca Universal»:
um de René Girard e outro de Carlo Cipolla.

Lógica, de Immanuel Kant

Lógica, de Immanuel Kant, com tradução do Prof. Artur Morão, estará a partir de hoje nas livrarias.

2.6.09

Feira do Livro do Porto




Também estamos presentes!

8.5.09

LÓGICA - brevemente nas livrarias






Colecção: Pilares, n.º 3
Formato: 16 x 24 cm
N.º de páginas: 144
ISBN: 978-989-8285-00-3
PVP: 16,00€ (IVA inc.)


«Tudo na natureza, tanto no mundo inanimado como no animado, acontece segundo regras, embora nem sempre conheçamos estas regras. […] Visto que o entendimento é a fonte das regras, de acordo com que regras ele próprio procede?» da Introdução (I. Kant)


Não sendo uma das obras nucleares no conjunto dos escritos de Kant, Lógica é sempre referida com apreço, principalmente no que toca às quatro famosas questões – Que posso saber? Que devo fazer? Que me é permitido esperar? Que é o homem? – e também quanto aos dois conceitos de filosofia, o escolástico e o cósmico. Porém, ao leitor atento, outros aspectos relevantes se impõem e despertam a sua atenção: a noção clara de lógica enquanto ciência, a sua especificidade, a crítica e a rejeição da sua fundamentação pela psicologia, a função e o papel da lógica. Além da visão concisa e estilizada do conhecimento que Kant aqui oferece, deparará ainda com numerosas observações cheias de interesse e por vezes muito inspiradoras.

Immanuel Kant (1724-1804) nasceu, viveu e morreu em Königsberg, uma cidade da Prússia Oriental. De origens humildes, recebeu uma educação pietista. Frequentou a Universidade de Königsberg a partir de 1740, como estudante de filosofia e matemática, vindo mais tarde a desempenhar funções de professor na mesma instituição. Pacifista convicto, é lendária a forma extremamente regrada como vivia. Escreveu as suas principais obras depois dos cinquenta anos, quando Hume o despertou do «sono dogmático», e o seu legado é um dos mais importantes marcos da Filosofia, sentindo-se a sua influência ainda hoje.

Brevemente nas livrarias, esta obra destina-se a todos os leitores, especialmente aos que se interessam pela Filosofia em geral e pela Lógica em particular.

6.5.09

Lá estamos!


Mais uma vez, lá estaremos.
Os livros da Texto & Grafia estão na tenda dos pequenos (grandes) editores.

ARTE - já nas livrarias!





Colecção: Pilares, n.º 2
Formato: 16 x 24 cm
N.º de páginas: 192
ISBN: 978-989-95884-6-2
PVP: 19,00€ (IVA inc.)


«Neste livro procurei desenvolver uma teoria completa da arte visual. Avancei uma hipótese através da qual pode ser testada a respeitabilidade, embora não a validade, de todos os juízos estéticos; uma hipótese à luz da qual a história da arte, dos tempos paleolíticos até ao presente, se torna inteligível; que, quando adoptada, confere substrato intelectual a uma convicção quase universal e imemorial. Toda a gente crê do fundo do coração que há uma real distinção entre as obras de arte e todos os outros objectos; a minha hipótese justifica esta crença.» do Prefácio

Arte é um dos grandes ensaios do século XX e representa um marco na crítica, na história e na filosofia da arte. Finalmente editada em português, e mais actual do que nunca, estamos perante uma obra que, sozinha, foi capaz de agitar os espíritos da época e mudar para sempre o modo como vemos, sentimos e pensamos a criação artística.


Clive Bell (1881 – 1964) nasceu no seio de uma abastada família inglesa. Formou-se em História, em Cambridge, onde conheceu artistas e escritores. Em 1902, recebeu uma bolsa para prosseguir os estudos em Paris. Na capital francesa, o seu encontro com a arte dita uma viragem nos seus interesses e passa a dedicar-se ao estudo da pintura. De volta ao país natal, conhece, num serão de amigos, as irmãs Stephen: Vanessa (com quem virá a casar em 1907) e Virginia (mais tarde Woolf). Estão lançadas as bases para o célebre Grupo de Bloomsbury, do qual será um elemento-chave.
Em 1909, Clive Bell cruza-se com Roger Fry numa viagem de comboio e tornam-se amigos. Debatem as questões levantadas pela arte do seu tempo e são ambos activos promotores da arte moderna. Em 1910 e 1912, organizam em conjunto as famosas Exposições Pós-Impressionistas. Em 1914, com 33 anos, Clive Bell publica o seu principal trabalho: Arte.

QUE É A MÚSICA? - já nas livrarias!






Colecção: Biblioteca Universal, n.º 8
Formato: 14 x 21 cm
N.º de páginas: 160
ISBN: 978-989-95689-4-5
PVP: 16,00€ (IVA inc.)


Estas páginas, agora propostas na nossa língua, trazem-nos alguns temas e núcleos de pesquisa e interpretação da arte musical de dois dos mais insignes musicólogos do século XX. Não se trata apenas de análises de carácter histórico, mas sobretudo de um juízo estético multiforme e polarizado em que se manifesta, por um lado, o seu profundo conhecimento do devir temporal da música europeia e, por outro, também a sua grande familiaridade com o pensamento filosófico, que os dois sabem explorar e aproveitar na fundamentação da sua concepção da arte dos sons. Sai‑se desta leitura com uma imagem mais apurada desta arte e, sobretudo, com um desejo de dela se querer saber mais – no fundo, a pergunta, que se espraia ao longo destas páginas, não recebe uma resposta definitiva; é um convite a mantê‑la viva.

Carl Dahlhaus (1928-1989) estudou direito, música e literatura em Gotinga e Friburgo e doutorou-se em musicologia em 1953, com uma tese sobre Josquin des Prés. O seu campo de investigação foi a estética, a teoria e a análise musical. Ensinou musicologia nas universidades de Saarbrücken, de Berlim e de Princeton, além de ter desenvolvido uma actividade incansável e vasta como publicista e conferencista. Na sua metodologia histórica tentou combinar o tema da autonomia da música com uma profunda consciência das suas formas históricas e sociais.

Hans H. Eggebrecht (1919-1999) fez estudos de música, filosofia e literatura alemã em Weimar e Berlim e foi professor de musicologia em Friburgo desde 1961 a 1988. Além da actividade editorial na área da história da música – da qual traçou um panorama muito pessoal em Música no Ocidente (1991) – escreveu sobre música medieval, H. Schütz, J. S. Bach e o classicismo vienense, além de obras de estética musical, onde se nota a particular influência do filósofo Roman Ingarden.

Esta obra destina-se a todo os estudiosos da teoria musical mas também a todos aqueles que buscam uma explicação fundamentada dos fenómenos musicais.

5.3.09

A IMAGEM - Nas livrarias a partir da próxima semana





Colecção: Mimésis, n.º 3
Formato: 16 x 24 cm
N.º de páginas: 248
ISBN: 978-989-95884-5-5
PVP: 24,00€ (IVA inc.)


A imagem tornou-se matéria de investigação e ensino.
A Imagem
, um dos melhores livros sobre o tema, vem abordar as grandes problemáticas em torno desta questão: O que é ver uma imagem? Como a caracterizar enquanto fenómeno perceptivo? Quem olha a imagem? Qual o dispositivo que regula a relação do espectador com a imagem? Como é que a imagem representa o mundo real? E como produz significados? Quais os critérios que nos levam a considerar algumas imagens artísticas?
Através de uma análise clara e precisa, acompanhada de diversas ilustrações, este livro fornece uma síntese original dos saberes contemporâneos sobre a imagem, pela mão de um especialista de renome.

Jacques Aumont é professor de história e de estética do cinema na Universidade de Paris III (Sorbonne Nouvelle), e foi também director do Collège d'histoire de l'art cinématographique (Cinemateca francesa). Personalidade de destaque no ensaísmo e na crítica cinematográfica, é autor de uma vasta obra de análise crítica e divulgação, de que salientamos: O Cinema e a Encenação (Texto & Grafia, 2008), A Imagem (a publicar com a nossa chancela em Março de 2009), La théorie des cinéastes (2002), e Matières d'Images (2005), entre muitos outros livros.

Aqui fica um excerto da obra:

Introdução

A Imagem: título ambicioso, na sua brevidade, já que parece designar como assunto deste livro um domínio vasto e diverso da actividade humana. A imagem tem inúmeras actualizações potenciais, algumas que se dirigem aos nossos sentidos, outras apenas ao nosso intelecto, como quando falamos do poder de certas palavras para “fazer imagem”, numa utilização metafórica, por exemplo. É preciso então começar por dizer que, sem ignorar essa multiplicidade de sentidos, limitar‑nos‑emos aqui a uma variedade de imagens, as que têm uma forma visível, as imagens visuais.
Este livro trata pois da imagem visual como modalidade particular da imagem
em geral; por essa razão, o seu tema será propositadamente mantido numa grande generalidade; sem esquecer as suas diferenças, trata‑se de falar do que é comum a todas as linguagens visuais, seja qual for a sua natureza, forma, uso e modo de produção. Semelhante projecto, da caneta de alguém que, anteriormente, estudou sobretudo a imagem cinematográfica, não é inocente. Ele advém, no essencial, de duas verificações:
– Primeiro, e de um ponto de vista de algum modo interno à pedagogia da imagem, pareceu‑me cada vez mais evidente, enquanto ia ensinando a teoria e a estética do cinema, que esta não podia desenvolver‑se num isolamento esplêndido, mas que pelo contrário era indispensável articulá‑la, histórica e teoricamente, com uma consideração de outras modalidades concretas da imagem visual – a pintura, a fotografia, o vídeo, para só citar as mais importantes. No fundo, pareceu‑me quase absurdo continuar a falar do enquadramento no cinema sem confrontar verdadeiramente o conceito com o do quadro pictural, como me pareceu pernicioso falar do fotograma sem considerar o instantâneo fotográfico, etc.
– Essa primeira verificação, reforçada ao longo dos anos, provém na verdade de uma outra, mais ampla, que concerne ao destino das imagens em geral na nossa sociedade. É costumeiro falar‑se de uma “civilização da imagem”, mas essa fórmula dá bem conta do sentimento que todos temos de viver num mundo em que as imagens são cada vez mais numerosas, é certo, mas também cada vez mais diversificadas e intermutáveis. Hoje vemos o cinema na televisão, tal como há muito tempo vemos a pintura em reprodução fotográfica. Os cruzamentos, as trocas, as passagens da imagem são cada vez em maior número, e pareceu‑me portanto que hoje em dia já não se podia estudar qualquer categoria particular de imagens sem tomar em consideração todas as outras.
É essa verificação inicial que explica a posição adoptada neste livro. Primeiro, permanecer tanto quanto possível ao nível dos conceitos mais gerais, e nunca teorizar a partir de uma modalidade particular da imagem. Ao mesmo tempo, bem entendido, dar amplo espaço a uma consideração efectiva – como exemplo, aplicação, caso particular – das imagens específicas (a imagem fílmica, a imagem fotográfica, etc.), até imagens singulares. Em seguida, organizar a exposição à volta de títulos de capítulos que encarnam os grandes problemas da teoria das imagens. Esses problemas pareceram‑me ser cinco, se quiséssemos limitar‑nos à sua essência:
1. Dado que este livro se dedica às imagens visuais, é preciso começarmos por nos interrogar sobre a visão das imagens. O que é ver uma imagem, o que é percebê‑la, e como se caracteriza essa percepção relativamente aos fenómenos perceptivos em geral?
2. A visão, a percepção visual, é uma actividade complexa, que não é possível, a bem dizer, separar das grandes funções psíquicas, a intelecção, a cognição, a memória, o desejo. Também a pesquisa, começada “do exterior”, que segue a luz ao penetrar no olho, leva logicamente a que consideremos o sujeito que olha a imagem, aquele para quem ela é feita, e a que chamaremos o seu espectador.
3. Sempre seguindo o mesmo fio imaginário, é claro que mesmo esse espectador nunca tem, com as imagens que contempla, uma relação abstracta, “pura”, afastada de qualquer realidade concreta. Pelo contrário, a visão efectiva das imagens tem lugar num contexto, determinado multiplamente: contexto social, institucional, técnico, ideológico. É ao conjunto desses factores “situacionais”, se assim podemos dizer, desses factores que regulam a relação do espectador com a imagem, que chamaremos o dispositivo.
4. Tendo assim considerado os principais aspectos da relação entre uma imagem concreta e o seu destinatário concreto, torna‑se possível tomar em consideração o funcionamento próprio da imagem. Que relação estabelece ela com o mundo real – por outras palavras: como o representa ela? Quais são as formas e os meios dessa representação, como é que ela trata as grandes categorias da nossa concepção da realidade que são o espaço e o tempo? E também, como é que a imagem inscreve significações?
5. Por fim, é impossível falar da imagem sem nos referirmos às imagens efectivamente existentes. Entre essas imagens reais, este livro escolheu privilegiar algumas: as imagens artísticas. O último capítulo é pois consagrado a
um exame de certas especificidades dessas imagens, das suas virtudes e dos seus valores particulares.
Este plano pode parecer ambicioso, dado cobrir, potencialmente, matéria de vários tratados especializados. Estou consciente, em especial, do facto de que o primeiro capítulo, que trata de teorias mais formalizadas, e até modelizadas, poder parecer mais técnico, e portanto de maior dificuldade de leitura para alguns leitores. A sua colocação na abertura do livro pareceu‑me contudo ser a solução mais lógica e também a mais eficaz, visto introduzir alguns conceitos fundamentais geralmente mal conhecidos, e que os capítulos seguintes dão por adquiridos. Aqui, sobretudo, fiz um esforço suplementar de clareza; aos leitores a quem este capítulo possa apresentar dificuldades peço um pouco de paciência, convencido de que o conjunto do livro lhes pareça mais ameno.
Se portanto me pareceu desejável adoptar e manter este plano, de correr o risco de resumir vários tratados num compêndio ligeiro, é justamente porque não se tratava de oferecer um tratado, mas de expor simplesmente o estado actual das concepções relativas à imagem num certo número de áreas. Desse ponto de vista, este livro não é mais do que uma introdução a análises mais especializadas. Mas, ao inverso, pareceu‑me indispensável assinalar a própria multiplicidade dessas abordagens. Ao escrever o livro, pensei em primeiro lugar nos estudantes com quem me tenho encontrado no ensino do cinema na universidade; é por saber quanto o saber teórico que lhes é dispensado é em geral parcelizado que tentei, não ser exaustivo, mas permitir a esses estudantes situar aquilo que sabem sobre
a imagem fílmica numa reflexão mais vasta e menos contingente.
Parece‑me evidente que, se o consegui, este livro dirige‑se da mesma maneira a todos aqueles que têm sobre diversas espécies de imagens, sobre este ou aquele fenómeno ligado à existência da imagem, um saber particular, que ajudará, espero, a relativizar esse saber e, ao mesmo tempo, a consolidá‑lo.


25.2.09

Agora Acontece

Em Junho passado, o nosso Editor foi também entrevistado por Carlos Pinto Coelho no programa de rádio Agora Acontece. Para ouvir, basta clicar aqui e descarregar o ficheiro.

Entrevista

Há algum tempo, o nosso Editor foi entrevistado por João Morales para a revista Os Meus Livros. Para ter acesso ao documento, clique aqui, aqui, aqui e aqui.

11.2.09

DICIONÁRIO TEÓRICO E CRÍTICO DO CINEMA




Colecção: índice, n.º 3
Formato: 16 x 24 cm
N.º de páginas: 288
ISBN: 978-989-95884-4-8
PVP: 26,00€ (IVA inc.)




Além de poderoso agente de lazer, o cinema está consagrado também como meio de expressão artística fundamental à nossa modernidade; por isso foi criando um vocabulário próprio, constituído por termos específicos, além de conceitos novos, necessários à análise da linguagem cinematográfica.
Este Dicionário Teórico e Crítico do Cinema reúne mais de 500 artigos sobre noções no âmbito da estética, da filmologia, das teorias semiológicas e linguísticas, da história da arte, da psicanálise e das ciências humanas aplicadas ao cinema, assim como de cineastas, críticos e teóricos que enriqueceram a reflexão sobre a 7.ª Arte.
Ferramenta indispensável a todo o cinéfilo ou estudante do cinema e do audiovisual, é também um guia precioso para uma visão de conjunto do mundo e da história do cinema.

Jacques Aumont é professor de história e de estética do cinema na Universidade de Paris III (Sorbonne Nouvelle), e foi também director do Collège d'histoire de l'art cinématographique (Cinemateca francesa). Personalidade de destaque no ensaísmo e na crítica cinematográfica, é autor de uma vasta obra de análise crítica e divulgação, de que salientamos: O Cinema e a Encenação (Texto & Grafia, 2008), A Imagem (a publicar com a nossa chancela em Março de 2009), La théorie des cinéastes (2002), e Matières d'Images (2005), entre muitos outros livros.
Michel Marie é professor de história e de estética do na Universidade de Paris III (Sorbonne Nouvelle), no departamento de cinema e audiovisual; ensinou igualmente no Québec e no Brasil, e é vice-presidente da Cinemateca universitária. Personalidade de relevo internacional no âmbito da história e teoria do cinema, é autor de uma vasta obra, de que se destaca La Nouvelle Vague, une école esthétique, Esthétique du film, Analyse des films, Le jeune cinéma français.



Aqui ficam algumas das entradas da obra:

Cahiers du cinéma, Cinéthique, Crítica, Macmahonismo, Positif, Revistas de Cinema, Star system, Trafic, Abstracto, Acção, A-cinema, Actor, Acusmática, Alargado (cinema), Analogia, Arte, Atracção, Autor, Campo, Cena, Cenografia, Cineasta, Cinema de poesia, Cinema sonoro, Cinema total, Cinematismo, Cinematografia, Cineplástico, Colocação em gesto, Colocação em jogo, Colocação em quadro, Composição, Contínuo e Descontínuo, Contracampo, Contraponto (montagem a), Contraponto orquestral, Cor, Corpo, Correspondência das artes, Desconstrução, Desenquadramento, Distanciamento, Drama, Duração, Efeito de real, Efeito de realidade, Efeito ecrã, Efeito, Emoção, Encenação, Encenador, Enquadramento, Escultura, Espaço, Estética, Estilo, Êxtase, Factores de diferenciação, Fascínio, Figura, Figural, Figurativo, Fora de campo, Fora de quadro, Forma, Formalismo, Fotogenia, Fragmento, Gag, Glamour, Iconografia, Iconologia, Ilusão, Imagem mental, Imagem, Imaginário, Impressão de realidade, Improvisação, Instalação, Interpretação, Intervalo, Lugar, Matéria, Material, Metafilme, Métrica, Migração, Moderno, Modo de representação, Montagem cubista, Montagem das atracções, Montagem harmónica, Montagem intelectual, Montagem interdita, Montagem, Mudo, Música, Não representado, Negro, Olhar, Orgânico, Pantomina, Paradoxo do actor, Patético, Perspectiva temporal, Perspectiva, Pintura, Plano sequência, Poética, Política dos autores, Presença, Quadro (tableau), Quadro vivo, Quadro, Quarta parede, Realizador, Representação, Reprodução, Reutilização, Ritmo, Ruína, Sublime, Syncinema,Teatro filmado, Teatro, Tema, Transparência, Vídeo arte, Visível, Visual, Afílmico, Cinema, Diegese, Efeito ecrã, Efeito phi, Espectatorial, Filme, Fílmico, Filmofânico, Filmográfico, Filmologia, Grande criador de imagens, Impressão de realidade, Movimento aparente, Percepção, Profílmico, Aventura, Barroco, Biografia, Biográfico (filme), Bis, Blaxploitation, Burlesco, Caligarismo, Caligrafismo, Cinema alargado, Cinema clássico, Cinema de poesia, ...

4.2.09

UMA HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS




Colecção: Uma História de..., n.º 1
Formato: 16 x 24 cm
N.º de páginas: 288
ISBN: 978-989-95884-1-7
PVP: 26,00€ (IVA inc.)




A partir da grande revolução científica que teve início no século XVIII, a consciência humana desenvolveu-se com disciplinas novas: a economia política, a geografia, a sociologia, a psicanálise, a antropologia cultural, a linguística, a educação, etc. É dessas mudanças que Uma História das Ciências Humanas trata.
Obra de síntese, de erudições e, em simultâneo, de simplicidade de escrita, este livro é acessível a qualquer leitor interessado nestas matérias.

Depois de um percurso universitário que o levou da matemática à filosofia, da psicologia à sociologia, Jean-François Dortier idealizou uma publicação aberta a todas as ciências humanas. Hoje, a revista que fundou e dirige, Sciences Humaines, é um sucesso internacional de méritos reconhecidos.
Com o presente livro, Jean-François Dortier dá continuidade ao seu projecto de divulgação científica. Organizador de inúmeras obras, publicou ainda Les Sciences Humaines, Panorama des Connaissances (1998), L’Homme, cet étrange animal (2004) e o importante Dicionário das Ciências Humanas (2006, Climepsi Editores).


Em vez de um excerto, aqui fica o índice da obra:

PRIMEIRA PARTE
1800-1900 – O tempo dos pioneiros

- Um projecto fundador: a Sociedade dos Observadores do Homem
- A grande história das línguas
- Adam Smith inventa a Economia Política
- Alexander von Humboldt e o nascimento da Geografia
- Alexis de Tocqueville e o advento da democracia
- Boucher de Perthes e a antiguidade do ser humano
- Auguste Comte: da Sociologia à religião da Humanidade
- Karl Marx, sábio e profeta
- Jules Michelet inventa a História de França
- Lewis Henry Morgan: encontro com os Iroqueses
- Léon Walras e os economistas neoclássicos
- Origens da Psicologia: uma história encoberta
- James Frazer e O Ramo de Ouro

SEGUNDA PARTE

1900-1950 – O tempo das fundações
- De como Freud inventou a Psicanálise
- A Sociologia francesa organiza -se
- Franz Boas, pai da Antropologia Cultural
- Ferdinand de Saussure, «fundador» da Linguística Moderna
- Alfred Binet: estudos sobre a inteligência e o pensamento
- Os sociólogos alemães face ao mundo moderno
- A «ciência» da forma toma corpo na Alemanha
- Escola de Chicago: cidade, comunidades e marginalidade
- Edmund Husserl e a fenomenologia
- Em busca da «mentalidade primitiva»
- O Círculo de Viena e o novo espírito científico
- Educação Nova: liberdade, criatividade, autonomia
- A Escola de Praga ou o nascimento da Linguística Estrutural
- 1929 – Nascimento da revista Annales
- Os intelectuais judeus no exílio
- John Maynard Keynes revoluciona o pensamento económico
- Culturalismo: a personalidade é forjada pela cultura
- Nascimento da Etologia – do animal ao ser humano
- Existencialismo – da filosofia ao modo de vida
- Da Cibernética à Inteligência Artificial
- Antropologia – o apogeu funcionalista

TERCEIRA PARTE
Após 1950 – O tempo dos investigadores
- Os intelectuais e o marxismo
- Linguística: a revolução generativa
- Cultura de massas: seus mitos, suas imagens
- A vaga estruturalista
- O impulso do interaccionismo – de Palo Alto à etnometodologia
- Os filósofos face à ciência
- Michel Foucault: poder, saber, loucura
- Contracultura: a revolta dos
seventies
- A explosão da Nova História
- Rumo à revolução cognitiva
- De Lucy aos nossos dias... à descoberta das nossas origens
- O retorno do actor
- Economia, a vaga liberal
- Pierre Bourdieu, o anti -herdeiro
- O tempo da comunicação
- Desordem e indeterminismo: uma nova visão do mundo
- Os etnólogos chegam à cidade
- O laço social em crise?
- O despertar da Filosofia
- Pós -modernidade: uma ideia finissecular?
- As Ciências Sociais no tempo das redes
- A inteligência dispersa


Guia de Leitura

21.1.09

QUANDO O NOSSO MUNDO SE TORNOU CRISTÃO



Colecção: Pilares, n.º 1
Formato: 16 x 24 cm
N.º de páginas: 192
ISBN: 978-989-95884-2-4
PVP: 19,00€ (IVA inc.)




Este é o livro de um descrente que procura compreender como o Cristianismo, obra-prima da criação religiosa, se impôs a todo o Ocidente.
À sua maneira inimitável, erudita e, por vezes, impertinente, Paul Veyne inventaria, para isso, três razões:
- Um imperador romano, Constantino, converte-se sinceramente ao Cristianismo;
- Constantino converteu-se porque precisava de uma grande religião;
- Constantino foi o grande impulsionador da criação da Igreja Cristã, através da rede de bispados espalhada pelo imenso Império Romano.
De passagem, Paul Veyne evoca outras questões: de onde vem o monoteísmo? Tem fundamento falar de ideologia? A religião tem raízes psicológicas? E temos nós origens cristãs?
Quando o nosso mundo se tornou cristãodestina-se a todos os leitores sem excepção, em especial aos interessados pelos grandes momentos da História. O público já familiarizado com o trabalho de Paul Veyne, verá as suas expectativas superadas.

Historiador admirável, académico de renome com várias obras publicadas, Paul Veyne lecciona desde 1975 no Collège de France como titular da cadeira de História de Roma, actualmente na qualidade de professor honorário.


Aqui fica aqui um excerto:

« Converter os pagãos? Vasto programa. Constantino reconhece que a sua resistência (epanastasis) é tal que renuncia a impor‑lhes a Verdade e continuará tolerante, apesar dos seus anseios; depois das suas duas grandes vitórias, em 312 e em 324, tem o cuidado de tranquilizar os pagãos das províncias que acabara de adquirir: “Que aqueles que se enganam gozem da paz, que cada um conserve o que a sua alma quer ter, que ninguém atormente ninguém.” Manterá as promessas, o culto pagão só será abolido meio século depois da sua morte e apenas Justiniano, dois séculos mais tarde, começará a querer converter os últimos pagãos, tal como os Judeus.
Tal foi o “pragmatismo de Constantino”, que teve uma grande vantagem. Não obrigando os pagãos à conversão, Constantino evitou vira‑los contra si e contra o cristianismo (cujo futuro estava bem menos assegurado do que se crê e que quase soçobrou em 364, como se verá). Frente à elite partidista que era a seita cristã, as massas pagãs puderam viver na incúria, indiferentes ao capricho do seu imperador; só uma pequena elite de letrados pagãos sofria.
Constantino, dizíamos nós, deixou em paz os pagãos e os seus cultos, mesmo depois de 324, quando a reunificação do Oriente e do Ocidente, sob o seu ceptro, o tornou todo‑poderoso. Neste ano, dirige proclamações aos seus novos súbditos orientais e, em seguida, a todos os habitantes do seu império. Escritas num estilo mais pessoal do que oficial, saem da pena de um cristão convencido que exprime em palavras a ignomínia do paganismo, que proclama que o cristianismo é a única boa religião, que argumenta neste sentido (as vitórias do príncipe são uma prova do verdadeiro Deus), mas que não toma nenhuma medida contra o paganismo: Constantino não será, por seu turno, um perseguidor, o Império viverá em paz. Melhor ainda, proíbe formalmente a quem quer que seja de se dar mal com o seu próximo por motivos religiosos: a tranquilidade pública deve reinar – o que visava, sem dúvida, cristãos demasiado zelosos, prontos a arremeter contra as cerimónias pagãs e os templos.
O papel do imperador romano era de uma ambiguidade de enlouquecer (três séculos antes de Constantino, arrastou para a paranóia o primeiro sucessor, Tibério, do fundador do regime imperial). Um César devia ter quatro linguagens: a de um chefe cujo poder civil é de tipo militar e que dá ordens; a de um ser superior (mas sem ser um deus vivo) em relação ao qual aumenta o culto da personalidade; a de um membro de um grande conselho do Império, o Senado, onde ele é apenas o primeiro entre os seus pares, que nem por isso deixam de recear pela sua cabeça; a do primeiro magistrado do Império, que comunica com os seus concidadãos e diante deles se explica. Nas suas ordenanças ou proclamações de 324, Constantino escolheu esta linguagem misturando‑a a uma quinta, a de um príncipe cristão convicto, propagandista da sua fé e que vê no paganismo uma “superstição desvantajosa”, enquanto o cristianismo é a “santíssima Lei” divina. » (págs. 16-17)

A ESTÉTICA, história e teorias


Colecção: Biblioteca Universal
Formato: 14 x 21 cm
N.º de páginas: 112
ISBN: 978-989-95884-3-1
PVP: 12,00€ (IVA inc.)




Como podemos avaliar um quadro, e com que instrumentos de análise crítica? E que dizer da emoção que experimentamos diante de uma obra de arte?
Se o belo e a arte são temas filosóficos de sempre, a estética, como disciplina independente, só aparece no século XVIII, quando as noções de arte, de sensível e de belo se fundiram entre si.
De Platão a Michel Henry, passando por Kant e Adorno, esta disciplina parece de difícil definição; será crítica do gosto, teoria do belo, ciência do sentir, filosofia da arte?
A Estética, história e teorias, uma obra indispensável para todos os que querem conhecer o essencial sobre estética, oferece uma síntese panorâmica da história e das teorias deste ramo do saber filosófico.


Carole Talo-Hugon é professora de filosofia na Universidade de Nice – Sophia Antipolis, e directora do Centre de Recherches en Histoire dés Idées.
Os seus campos de pesquisa são a estética, por um lado, e a questão da afectividade, por outro, nomeadamente as teorias das paixões da época clássica.
Além dos numerosos artigos nestes dois domínios, publicou recentemente Descartes ou les passions rêvées par la raison (Vrin, 2002), bem como Les Passions (Armand Colin, 2004) e, sobre estética, além do presente volume, Avignon 2005 : le conflit des héritages (Actes Sud, 2006). Estas duas direcções de pesquisa cruzam-se nos seus trabalhos actuais; assim, publicou sobre este tema Goût et dégoût. L’art peut-il tout montrer ? (J. Chambon, 2003) e acaba de terminar Morale de l'art, a publicar pelas Presses Universitaires de France.

Fica aqui um excerto:

« Enquanto o século XVIII tratava tanto do belo natural como do belo artístico (Burke, Du Bos ou Kant consideram até que o juízo de gosto é mais puro quando o seu sujeito é natural porque não se misturam nisso considerações sobre a intencionalidade artística), é a arte que, na época seguinte, monopoliza a atenção da reflexão estética. Hegel escreve, sintomaticamente: «O objecto da estética é o vasto reino do belo e o seu domínio, a arte.» Observando imediatamente que, como a palavra «estética» não convém, dada a sua etimologia e a recente definição de «ciência do sentir» que dela foi dada por Baumgarten, prefere a expressão «filosofia da arte». Esta posição hegeliana é paradigmática de uma época em que a estética se transforma em filosofia da arte.
Esta expressão «filosofia da arte» é rica pela sua própria ambiguidade. De facto, consoante o significado que se der ao «da»: «sobre a, acerca da» ou «que pertence à», assim se obtêm duas interpretações da expressão «filosofia da arte» entre as quais hesita todo este período que se estende desde finais do século XVIII a meados do século XX.
No primeiro sentido dado a «da», a filosofia da arte é filosofia a propósito, acerca, sobre a arte, tomando a arte como objecto da sua reflexão. Foi o que fizeram Aristóteles ou Marsílio Ficino (com a reserva de que a arte da altura não tinha o sentido moderno que hoje lhe damos), e também o que faz Hume no seu ensaio Sobre a tragédia ou Kant nos §§ 43 a 54 da Crítica da Faculdade do Juízo. É o que farão igualmente Hegel e Schopenhauer, mas de maneira absolutamente inédita que convirá analisar com rigor. Aqui, a arte é objecto de estudo para a filosofia.
Mas a expressão «filosofia da arte» também pode significar que um pensamento brote da arte, que possui a sua própria filosofia. Não se trata da teorização de uma prática (como acontece no Tratado da Pintura de Leonardo da Vinci) nem de um discurso explicando e justificando uma obra ou um movimento (textos de Zola sobre o romance experimental, manifestos do surrealismo ou do futurismo) nem de um discurso de artista com reflexões gerais sobre a arte (textos de Duchamp reunidos sob o título Duchamp du signe). Trata-se de um discurso filosófico que estaria contido na própria arte.
Aqui, neste período da estética concebida como filosofia da arte, distinguir-se-ão três configurações das relações da arte e da filosofia: as duas primeiras correspondem aos dois sentidos da expressão «filosofia da arte» que acabámos de distinguir; a terceira caracteriza-se pela afirmação de uma identidade fundamental da arte e da filosofia. » (págs. 51-52)